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- 106 titoli
- RegistaJoseph KosinskiStelleTom CruiseJennifer ConnellyMiles TellerDopo oltre trent'anni di servizio come uno dei migliori aviatori della Marina, Pete Mitchell è nel posto a cui appartiene, spingendo i limiti come un impavido pilota collaudatore e schivando la salita di rango che lo farebbe atterrare.04/jan
[Telecine]
7/10
Maverick funciona: seja como filme de ação, seja como refilmagem de duas horas da cena de batalha da Estrela da Morte no Episódio IV, o filme se desenrola com bons efeitos visuais, empolgantes sequências de batalha, montagem enfim cadenciada, bonita reverência aos fãs do primeiro (e ao Tony Scott) - e os mesmos personagens rasos, a mesma trilha cafona, os mesmos absurdos lógicos da estrutura. Mas quem se importa, afinal, com certa lógica interna - quem é o inimigo, afinal? como se explode uma… mina de urânio? - quando há bróders fazendo broderagem na praia envoltos em fotografia amarela quente, né verdade? Aviõezinhos voando e fazendo vrum vrum são um bônus. (Eu sei: talvez eu só esteja amargo.) - RegistaTi WestStelleMia GothJenna OrtegaBrittany SnowNel 1979, un gruppo di giovani registi ha deciso di girare un film per adulti nelle zone rurali del Texas, ma quando vengono catturati dai loro solitari e anziani ospiti, il cast si ritrova a lottare per la propria vita.04/jan
[Prime Video]
6/10
X é uma grande ode aos exploitations que tanto atraem Tarantino. Com sua granulação suja e sua fotografia cuidadosamente repulsiva, a narrativa escala rapidamente entre o horror e o sexo. Eis seu triunfo: em inversão ousada, usa o horror pra arregaçar o conservadorismo religioso e a castração dos desejos como doenças modernas, em vez de, como nos que homenageia, salvar os de moral ilibada. O filme de Ti West preocupa-se em criar a repulsa pela perversão torpe em que mergulham seus personagens. Se não é exatamente refrescante no terror, também não deixa de ser uma boa saída para o gênero. - RegistaDamien LeoneStelleJenna KanellSamantha ScaffidiDavid Howard ThorntonUn pagliaccio maniacale terrorizza tre giovani donne nella notte di Halloween e chiunque gli sbarra la strada.04/jan
[Prime Vídeo]
1/10
Terrifier abre já fazendo sua reverência: trilha e fotografia remetem inequivocamente ao mestre John Carpenter. Daí pra diante, não há muitas novidades: o jogo de gato-e-rato espalha gore e jump scares à vontade, envolto por uma fotografia de mau gosto (numa tentativa bem-sucedida de gerar estranheza), uma iluminação excessivamente estourada, atuações completamente equivocadas e um roteiro que, francamente, só não é mais cansativo porque David Howard Thornton garante alguma dignidade (e às vezes graça) ao Palhaço. O problema mesmo vem depois, nas famigeradas leituras de subtexto. Na incômoda cena que serve de metáfora para o estupro, por exemplo, não ha nenhuma sutileza ou função prática: o choque é só uma forma de emular a violência (ela sim) como pornografia. Já na outra em que se veste com pedaços das vítimas, mais uma desprezível representação da transexualidade como patologia. O melhor do filme é saber que nem preciso perder tempo com a segunda parte. - RegistaHarry BradbeerStelleMillie Bobby BrownHenry CavillDavid ThewlisEnola accetta il suo primo caso ufficiale da detective, ma per risolvere il giallo di una ragazza scomparsa avrà bisogno dell'aiuto di alcuni amici… e del fratello Sherlock.05/jan
[Netflix]
7/10
Com reviravoltas interessantes e um bom trabalho na direção de atores, a segunda aventura de Enola Holmes é mais consistente que a primeira. O roteiro se aproveita significativamente dos fatos históricos para costurar uma trama intricada e bem fechadinha. Há, entretanto, uma dualidade aqui em jogo: se, por um lado, mudanças na mitologia de Sherlock são um belo refresco para a série e para a releitura, é, no entanto, na sua mitologia que Enola se deita. Por isso, a ambiguidade no sentido de uma de suas últimas falas (“não quero estar à sua sombra, Sherlock”) grita evidente - mesmo na última cena, que é sobre o irmão, e não sobre ela. Ainda assim, não apaga a doçura e a diversão que a série parece ter ajustado para trazer. - RegistaCharles ChaplinStelleCharles ChaplinClaire BloomNigel BruceL'ultimo film americano di Charlie Chaplin racconta la storia del tentativo di un comico di music hall in dissolvenza di aiutare una ballerina scoraggiata a imparare a camminare e a sentirsi di nuovo sicura della vita.06/jan
[Mubi]
10/10
Luzes da Cidade é, antes de tudo, um manifesto angustiado. No teatro como cenário (reverência do a Commedia Dell’arte e os vaudevilles seu berço), Chaplin abandona o Palhaço para assumir o papel de Pierrô: numa pantomima magoada, discorre sobre os rumos do cinema, o medo da velhice e do esquecimento (mal sabe ele!), o desencanto com as perseguições que sofrera. Na quebra constante da quarta parede (nas cenas em que apresenta os antigos números teatrais de Calvero), dialoga com o público sobre o cinema mudo; nos diálogos da narrativa, deslumbra com toneladas de pequenas reflexões sobre valores da vida e da morte, sobre arte, sobre felicidade; no clímax, reencanta: volta ao Palhaço só para abrir mão dele. C’est la vie, ele nos pisca o olho, enquanto a trilha desmonta sobre nós em catarse. Coisa de gênio. - RegistaRyûsuke HamaguchiStelleHidetoshi NishijimaTôko MiuraReika KirishimaUn famoso attore e regista teatrale deve imparare a far fronte a una grande perdita personale quando riceve un'offerta per dirigere una produzione di Zio Vanya a Hiroshima.06/jan
[Mubi]
10/10
Negação e isolamento; raiva; barganha; depressão; aceitação. Em três horas que voam — não porque não se sinta o peso de cada minuto, mas porque são tão honestos e viscerais que deslizam por nossos corpos —, Ryusuke Hamaguchi reveza essas cinco fases entre histórias e personagens sem necessariamente as separar, mas compreendendo que, como sentido, o luto é uma constante que nos confronta a cada segundo: tic-tac-tic-tac e somos preenchidos por dores memórias culpas medos. Na Torre de Babel de narrativas — sempre há uma história dentro de uma história dentro de uma história — e de línguas — coreano, japonês, inglês, língua de sinais —, a universalidade da dor e do desencanto: camadas e camadas de traição (a si, ao outro) são iluminadas por holofotes dialógicos soberbos, por atuações ímpares. A estrutura impulsiona o espectador ao envolvimento sincero e ao confronto dos sofrimentos, a partir de uma fotografia íntima e que, por paradoxal, preconiza a vida intensamente. Trata-se, mais que catarse, de uma ascese ateia: é, ao mesmo tempo, expiação de pecados e extrema-unção. Bravo. - RegistaBJ McDonnellStelleDave GrohlNate MendelPat SmearLa leggendaria rock band Foo Fighters si trasferisce in una villa di Encino, immersa in storie di rock and roll da far rizzare i capelli per registrare il loro attesissimo decimo album.07/jan
[HBO Max]
5/10- Atuações merdas? Check.
- Roteiro meia-boca? Check.
- Piadas sujas de quinta série? Check demais.
- Dave Grohl no centro do universo se divertindo sozinho? Triple check.
- Graça? Humor sombrio? Nhé. Nope. Falta ao grupo ser o Tenacious D pra chegar lá — Dave jamais será um diabo tão bom quanto em The Pick of Destiny.
De mais, nem um numerozinho musical completo rola. Resta a saudade imensa do Taylor e do que a banda era com esse monstro. - RegistaCharlotte WellsStellePaul MescalFrankie CorioCelia Rowlson-HallSophie riflette sulla gioia condivisa e sulla malinconia privata di una vacanza che ha fatto con suo padre vent'anni prima.07/jan
[Cine Arte UFF]
10/10
Aftersun é um jogo de pôquer entre a talentosa diretora estreante e sua audiência. Eu sei que a analogia vai longe, então um desmembramento das ideias se faz necessário. Cartas na mão.
Charlotte Wells paga o small blind e o público segue na mão: Sophie (a dulcíssima e expressiva Frankie Corio) e seu pai Calum (Paul Mescal, no tom certo) viajam pela Turquia nas férias. Um primeiro ato bonito, mas, vá, já vimos essa história antes.
Wells, então, paga o big blind e permanece no jogo. O segundo ato se revela como memória que vai se puindo: lentamente ambiguidades espocam na tela como sugestões — equivocadas? minhas ou suas? — que, nhé, podem ser só impressão. Mesa, ela pede.
Quando enfim apostamos alto — “você não tem nada, Wells! É um blefe!” —, a sensação de conforto dá lugar à intranquilidade e ao medo. Wells paga nossa aposta e dobra, triplica os investimentos emocionais sóbrios e gentis que lhe garantimos. All-in: caímos feito bobos. O pior: à medida que revela suas cartas, uma a uma, derrama uma avalanche de dúvida e de ansiedade com a qual temos de lidar. Sozinhos. E ela nem precisa revelar toda a mão: prostrados, ao fim do terceiro ato, agradecemos o jogo e a possibilidade de reverência sua narrativa-memória. Somos acachapados por ondas de melancolia enquanto ela recebe as fichas da mesa. E ainda assim fomos nós que vencemos, ao final. Inescapavelmente vencemos. Obrigado, Wells! - RegistaScott CooperStelleChristian BaleHarry MellingSimon McBurneyUno stanco e rinomato detective viene assunto per indagare sull'omicidio di un cadetto di West Point. Deluso dal codice di silenzio, arruola uno dei cadetti per aiutarlo, cadetto che sarà conosciuto in tutto il mondo come Edgar Allan Poe.08/jan
[Netflix]
6/10
O filme do competente Scot Cooper é tecnicamente impecável: a direção de arte, os figurinos, a trilha de peso de Howard Shore, a maquiagem unem-se a atuações expressivas para fundamentar uma América do século XIX permeada pelo espírito gótico de Poe. Ao escritor (Melling, irreconhecível), une-se um inspetor (Bale, sempre competente) para investigar uma série de profanações de corpos naquela Nova York. Todo o conluio do argumento parece caminhar para uma trama intricada, mas — e aí é que a gárgula torce o rabo — tudo no roteiro é pouco mais que coincidências. A narrativa vai se esfarinhando, fria e desinteressada, mesmo quando envereda para o romantismo literário do período. Por mais que as atuações avancem para o terror do ocultismo e para o mistério tenaz que obscurece os crimes, todo o resto é tão enevoado e congelante quanto a neve que caracteriza a linda fotografia do bom Masanobu Takayanagi. Daí esfria, empalidece, morre. Bonito e distante como um poema de Poe. - RegistaMatthew WarchusStelleAlisha WeirEmma ThompsonLashana LynchL'adattamento del musical vincitore del premio Tony e Olivier, Matilda, una ragazza straordinaria che, armata di una mente acuta e di una vivida immaginazione, osa prendere posizione per cambiare la sua storia con risultati miracolosi.08/jan
[Netflix]
6/10
As obras de Roald Dahl não poupam as crianças da maldade do mundo: seja em A Fantástica Fábrica de Chocolates, seja em Matilda, as cores sólidas e as caricaturas pintadas no caráter de seus personagens, por paradoxal que pareça, são substanciais na manifestação da complexidade do quadro que ele pretende pintar. O tom farsesco, aqui, é educativo como um jogral: empurra-se a moral (e que moral! revolução, luta, liberdade!) pelas vias da fábula e da música. Nisso tudo, o filme mira no imaginário e acerta em cheio pelo viés da fantasia. Ele falha é nas músicas. Ainda que inquestionavelmente os números sejam bem coreografados, e as crianças, adoráveis (há uns dois ali que são adultos em miniatura, certeza!), as músicas têm letras confusas, difíceis, de melodias duras ou pouco líricas muitas vezes. Sendo um musical, trata-se de falha severa, que esvai o encanto, distrai. Os grandes e os pequenos. Mas não se pode negar que se tenta, no desencanto, alguma doçura. - RegistaEdgar WrightStelleThomasin McKenzieAnya Taylor-JoyMatt SmithLa storia della frustrata cantante Sandy, del suo fidanzato Jack e della fan Eloise.09/jan
[Globoplay]
5/10
O filme se constrói sobre dois primeiros atos muito sólidos. O terceiro, entretanto, é um confuso amontoado de plot twists, tentando ser mais inteligente que o espectador. A tentativa de elogiar Sam Raimi é maravilhosa, mas Wright parece perder a mão sobre quem são os heróis e os vilões da sua narrativa, e, com isso, a própria perspectiva da história que queria contar — o argumento sobre violência se desfaz em trama boba de mistério. Um desperdício para trama tão envolvente. - RegistaTom GeorgeStelleKieran HodgsonPearl ChandaGregory CoxNel West End della Londra degli anni '50, i piani per una versione cinematografica di una commedia di grande successo si interrompono bruscamente dopo l'omicidio di un membro fondamentale della troupe.11/jan
[Star+]
6/10
É verdade, Veja Como Eles Correm não é um grande filme. Mas não tem a pretensão de ser: o diretor Tom George brinca com a comédia noir e faz um whodunit à Wes Anderson, bonito na arte e na fotografia, completamente zoneado na estrutura, de clima farsesco e de montagem ágil. Satisfaz como sessão-da-tarde que pode ser esquecida alguns minutos depois. - RegistaDan TrachtenbergStelleAmber MidthunderDakota BeaversDane DiLiegroLa storia delle origini del Predator nel mondo della Nazione Comanche, 300 anni fa. Naru, un'abile guerriera, combatte per proteggere la sua tribù da uno dei primi predatori altamente evoluti ad atterrare sulla Terra.11/jan
[Star+]
5/10
A proposta é bem legal: já que o Predador usa nosso mundo para suas provas e caçadas, por que não sugerir que isso já tenha acontecido antes? Desse argumento, A Caçada joga o bichão no meio de uma tribo comanche, no século XVIII, pra cair na mão com a protagonista, Naru, que busca reconhecimento da tribo como caçadora. A contextualização histórica é meio às favas, mas não ofende os indígenas, o que é o mínimo, mas válido de ressaltar. O que pega mesmo é o baixo orçamento do filme, com efeitos visuais geralmente sofríveis, e o jeitão de filme-pra-televisão que ele tem. - RegistaMatthew VaughnStelleRalph FiennesGemma ArtertonRhys IfansAlcuni dei più grandi criminali e tiranni della storia stanno progettando di annientare milioni di persone. Un uomo lotta contro il tempo per impedirlo. È così che sarebbe nata la prima agenzia di intelligence indipendente nel Regno Unito.11/jan
[Star+]
4/10
Personagens irrelevantes, trama grotesca, piadas sem graça, maniqueísmo, cenas de ação entediantes (à exceção da luta contra Rasputin). É perda de tempo até comentar sobre ele. - RegistiPeggy HolmesJavier AbadStelleEva NoblezadaSimon PeggJane FondaSi apre il sipario sulla battaglia millenaria tra le organizzazioni della buona sorte e della sfortuna, che condiziona segretamente la vita di tutti i giorni.11/jan
[AppleTV+]
5/10
Ainda que tenha coração, Luck parece desprovido de alma. Sua história longa e de subtexto confuso faz com que as crianças se percam e os adultos se cansem — e eu nem sei se entendi muito bem aonde ele quis chegar. Seus personagens são afetuosos e carismáticos; pena que estejam espalhados como pouca manteiga num pedaço muito grande de pão. - RegistaWanda JakubowskaStelleWanda BartównaHuguette FagetTatyana GuretskayaFemale prisoners of various ethnic background struggle to survive the hardships of Auschwitz Concentration Camp.12/jan
[Mubi]
7/10
A Última Etapa é uma das histórias seminais sobre o holocausto. A escritora e diretora polonesa Wanda Jakubowska foi prisioneira em Auschwitz e voltou ao campo para gravações ainda em 1948. Focado nas narrativas femininas, o filme joga luz aos crimes e às atrocidades cometidas na prisão nazista, atentando às relações e às tentativas de manutenção de laços entre as prisioneiras. Baseado nas vivências da diretora, apesar de obsidiosamente teatral, o longa de Jakubowska retrata relações de afeto, traições, solidariedade e resiliência durante o sombrio período. Há força e verdade numa das primeiras incorrências do cinema num tema que ainda será tão investigado no futuro. - RegistaFederico FelliniStelleRiccardo BilliGigi RederTino ScottiUn bambino osserva il montaggio di un tendone da circo. La vista dei clown gli ricorda alcuni personaggi reali. Poi l'azione si sposta ai giorni nostri: Fellini si mette alla ricerca di vecchi clown per ascoltare i loro ricordi.12/jan
[Mubi]
8/10
E nos primórdios dos falsos documentários, Fellini brinca de comédia e de drama com sua obsessão pelo circo, pela gente comum da Itália, pelo palhaço. Entre a fantasia e a entrevista, o diretor retrata alguns dos mais famosos atores das décadas do século XX para homenagear em arqueada reverência aqueles que são a égide do seu cinema: o clown, do circo, da arruaça, do impossível. Sátira, humor, música convergem para desmascarar i pagliacci — o branco, o vagabundo, o arlequim, o augusto, todos estão no seu escopo de memória e adoração. O riso desce frouxo com os números de enorme ímpeto físico, mesmo quando se trata do enterro do palhaço. Arte pura, inimiga do artifício: que delícia. - RegistaGorô MiyazakiStelleTimothy DaltonWillem DafoeMariska HargitayIn una terra mitica, un uomo e un ragazzino indagano su una serie di eventi insoliti.13/jan
[Netflix]
7/10
Três qualidades se destacam imediatamente no longa de Goro Miyazaki, filho do monstruoso Hayao Miyazaki: a animação e a direção de arte deslumbrantes, heranças benditas de seu pai; a direção e a mixagem de som; e a trilha estupefata de Tamiya Terashima, quase uma narrativa à parte. O problema é que é difícil ser visto à sombra de uma lenda: por comparação — injusta até, devo sublinhar, mas irrefreável —, este é um dos menos inventivos filmes dos estúdios Ghibli. Suas metáforas e subtextos não permitem muitas leituras, mas não deixam de revelar que, de certa forma, Arren é quase um espectro de Goro, o menino cuja sombra mata o pai para que possa descobrir seu caminho na magia, mas que não abandona a figura paterna na persona dupla de Cob e Haitaka — e que termina o filme sem pagar pelo seu pecado. Nesse sentido, é quase uma expiação. Apesar disso, a narrativa flui com muita elegância — superando emocional e estruturalmente muitas outras ocidentais. É, por isso, subestimado: cobra-se de Goro que seja uma lenda, quando ele é apenas (e isso não é pouco de jeito nenhum) um bom contador de histórias. E ninguém há de o culpar por isso. - RegistaHayao MiyazakiStelleSumi ShimamotoMahito TsujimuraHisako KyôdaLa principessa guerriera e pacifista Nausicaä lotta disperatamente per impedire a due nazioni in guerra di distruggersi e il loro pianeta morente.14/jan
[Netflix]
7/10
Considerando que se trata de um filme de 1984, e olhando em restrospecto, fiquei impressionado como Nausicaä influenciou a cultura pop-gamer das décadas seguintes. Sua trilha, seu storytelling, tudo lembra os jogos de 8 ou 16 bits que joguei ao longo da infância. Dito isso, é um filme que alterou o próprio cinema: entre o steampunk e os castelos medievais, entre a mensagem ambientalista e a ação incessante contra insetos gigantes, molda até hoje narrativas e cenários, como em Avatar. A história complexa às vezes se perde nos excessos, mas é uma animação primorosa e de grande coragem e densidade nos diálogos e no subtexto. - RegistaAdam RobitelStelleTaylor RussellLogan MillerDeborah Ann WollSei persone si ritrovano inconsapevolmente rinchiuse in una serie di stanze di fuga, scoprendo lentamente ciò che hanno in comune per sopravvivere.16/jan
[HBO Max]
4/10
O filme não tem:- clímax narrativo
- tempo para estabelecer personagens
- sangue
- gore
- lógica inerente aos jogos
- carisma
- sentido
O filme tem:- elipses temporais impossíveis
- trilha sonora tirada do Adobe
- diálogos(?) saídos de uma máquina de inteligência artificial
- a habilidade de me manter fascinado como isso tudo é ruim e, por isso, maravilhoso
Famoso muito bom, 1/5 (só que vou dar 2 pra manter o respeito). - RegistaBrian De PalmaStelleSissy SpacekPiper LaurieAmy IrvingCarrie White, una timida studendessa che vive in isolamento con la madre fanatica religiosa, scopre di possedere poteri telecinetici che userà per vendicarsi dopo essere stata oggetto di un orribile burla durante il ballo della scuola.16/jan
[Prime Vídeo]
10/10
Carrie tem todo o anacronismo que uma obra dos anos ‘80 (‘outros tempos…’) pode pedir: uma abertura constrangedora num vestiário feminino; uma professora que agride fisicamente alunas; um playboy que constantemente bate na namorada etc. Noves fora, a direção incrivelmente habilidosa de Brian de Palma, diletante e sarcástica, inspira-se em Hitchcock, especialmente Psicose — na trilha, nos maneirismos, no nome da escola (Bates High School) para criar um suspense formidável: tenso, com uma implacável Sissy Spacek dividindo gloriosamente a tela com Piper Lauren, o terror surge nas entranhas da narrativa — e por isso é tão eficaz (porque verdadeiro e facilmente observável em nosso e torno): na relação religiosa e castradora, na perversão do sexo, na paranoia, no bullying, na crueldade humana. A fotografia granulada, os movimentos de câmera, a luz, a trilha, a direção de arte, as rimas visuais (entre o Cristo e a mãe): composições alegóricas e expressivas extasiantes. Por que nunca vi isso antes, meudeus? - RegistaSantiago MitreStelleRicardo DarínGina MastronicolaFrancisco BertínUna squadra di avvocati affronta la sanguinosa dittatura militare argentina negli anni '80 in una battaglia contro le probabilità e una corsa contro il tempo.18/jan
[Prime Video]
8/10
O aspecto de tela reduzido, geralmente emoldurado por portas e janelas, cria sensação de desconforto e de enclausuramento: eis a atmosfera claustrofóbica em que Santiago Mitre nos joga para formular o histórico Argentina, 1985, que vai enquadrar a condenação de militares envolvidos no golpe de sete anos de perseguição política, tortura e assassinato na Argentina. A narrativa, ainda que repleta de maneirismos e clichês estruturais, é uma aula sobre abordagem do período melodrama excessivo: vai na jugular e sangra a fragilidade democrática diante do poder armado das forças. Didático (até demais), resguarda e bem equilibra seus momentos de humor e de deboche, de tensão e de ação, e, quiçá, será ainda muito projetado nas aulas de história. Quem dera fosse um espelho do nosso próprio país, viciado em anistias embaraçosas aos milicos assassinos. - RegistaMark MylodStelleRalph FiennesAnya Taylor-JoyNicholas HoultUna giovane coppia si reca in un'isola remota per mangiare in un ristorante esclusivo dove lo chef ha preparato un menu sontuoso, con alcune sorprese scioccanti.19/jan
[Star+]
8/10
Os jogos vorazes em que se envolvem os comensais da morte de O Menu trazem tantos subtextos trocadilhosos quanto possíveis pra essa deliciosa (inevitável, desculpe) farsa de Mark Mylod. As alegorias burlescas sobre classes e as disputas freudianas sobre frustração tomam a cozinha de Fiennes (competente como sempre) aos poucos: com seu humor sombrio, despeja pitada por pitada seus acidificantes sobre a plateia: emulsiona o público para o dividir em seguida, apoplético. Agridoce, como o humor e o terror, deixa passar um pouco do ponto ao estender certas tramas desprezíveis — daquelas que só se põe na tela para enfeite, e não para o refestelo. Mas chega ao lugar onde prometeu: entrega um menu elegante e desagradável, como a vida a os burgueses que não se assombram com a narrativa, porque nunca acham que é com eles (só é). - RegistaThomas VinterbergStelleUlrich ThomsenHenning MoritzenThomas Bo LarsenAlla festa del sessantesimo compleanno di Helge, vengono rivelate alcune spiacevoli verità familiari.19/jan
[Mubi]
10/10
Gravada sob a égide do Dogma 95, o drama de Vinterberg lembra um vídeo caseiro e malfeito: em 35mm e numa proporção de tela de 1.33:1, sob cores desbotadas e câmera sem tripés, o filme tremula e se movimenta inquieto, seguindo a chegada surpresa do filho Christian ao aniversário do pai. O desconforto e a náusea que se seguem se estendem ao máximo; a audiência acompanha atônita as cruezas de uma família que, para além de disfuncional, é cruel e perversa, corrompida pelo jamais confrontado patriarca. O teste de caráter que se segue na hora seguinte por todos a prova; da garçonete à esposa, todos se desnudam diante das luzes estouradas e das latências narrativas. Filmaço. - RegistaPedro AlmodóvarStellePenélope CruzMilena SmitIsrael ElejaldeUno sguardo alla vita di due mamme che partoriscono lo stesso giorno.20/jan
[Netflix]
9/10
Há identificação e afeição imediatas inerentes aos filmes de Almodóvar que me causam emoções desde que EL DESEO surge no crédito. Neste Mães Paralelas, transigindo entre o melodrama familiar e o drama histórico-social, o diretor amarra e confunde sensações de angústia e alegria, desespero e alívio. Penélope, sempre a mesma e jamais a mesma, carrega a Cruz de ser sempre, ao mesmo tempo, Calíope e Beatriz, flecha e alvo: incansavelmente a mulher. Como um bálsamo ao cinema de narrativas histriônicas, reviravoltoso e afeito aos plot twists, seus personagens doces e tão-humanos respiram pulsão de vida, são fiéis às suas memórias e às suas origens: erram, acertam, lutam. Daí serem sopros refrescantes de visceralidade pungente. C’est la vie.